
A Jangada
Data 10/05/2009 11:15:30 | Tópico: Poemas -> Tristeza
| E assim, tão silenciosa... Tão minha jangada! Partiu cautelosa, No nascer da alvorada!
Deslizando um tanto ansiosa, Elevou-se imponente no ar! E sobre as ondas caudalosas, Deixou-se, destarte, levar...
E flutuando toda no mar, Na aura que sopra encantada! Vai enlevado o sonhar, Na onda mais deslumbrada!
Sozinha!...E tão apaixonada! - Ai de mim!...Tão longe! Com suas velas hasteadas, Alçou-se no horizonte!
Seus contornos suaves, À sombra de um querubim... Deixaram-me por saudades, A dor de um triste delfim...
E sozinho, no que fomos... Vão-se me os dias passando! E na vastidão desses sonhos, Vou-lhes as velas içando!
E tão triste, vai soçobrando! Na tarde que fenece, por fim... E nas ondas, vai afundando! Na dor que emerge de mim...
(® tanatus – 08/01/1998)
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