A MANSÃO DOS MORTOS

Data 11/05/2009 21:42:52 | Tópico: Poemas

Dois corpos entrelaçados, presas fáceis
Entregues ao pecado.
Macho, fêmea, laço e venda, almas gêmeas
E vendidas ao diabo.
Caminhando sobre pétalas, o sapato-boneca
Se perde de paixão, e no espaço entre
As estrofes.
Caminhando entre os espinhos sobre
Uma fina-flor de fascínio, meu olhar
Cego de amor, se perde num decote.
Na licenciosa e subversiva alcova se dão
Fantasias na seda concubina do império.
Lindo e falso como todos os sorrisos,
O seu ouro bandido é banhado de bençãos
Do deus do adultério.
Poesia, alquimia entre palavras e sonhos.
Seus cantos e contos de fadas e fados
Enfadonhos.
A menina poetando e punhetando um poeta.
A lira deixando uma besta apocalíptica
E quieta.
A vulva da mulher-anjo, as abelhas do jardim secreto e a mansão dos mortos.
Um mundo sem soldados, carros e contra-mão.
Os lírios dos campos de Arcádia, Shangrilá
E Sodoma.
Caminhos sobre pétalas e livres para
A libertinagem em versificação.

http://reinodalira.wordpress.com


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=82452