
A sina da minha aldeia
Data 13/05/2009 20:58:17 | Tópico: Poemas
| Do alto da serra o vento espreita A neblina clara e fria mais abaixo Vislumbra telhados fugazes Na povoação que se esconde debaixo
Pequena aldeia empedrada De paciência e suor construída Teimosa, rompe os ventos E a tempestade empedernida
Em dias de sol e flores de estio Espreguiça-se dolente serra acima Serpenteia os riachos cantantes Deslumbra quem se aproxima
Esconde um segredo a velha aldeia, No granito cinzento que a compõe Vive as gentes desta terra esquecida Esquecidos por quem deles dispõe.
Das mesmas mãos que a construíram Entra o papelucho na preta urna Com uma cruz num boneco qualquer Alarve, eleito espera qu’essa gente durma.
O mesmo segredo, já há muito Deixou de ser, cochichado a preceito choram-se da miséria e da fome A que os votou quem foi eleito
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