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 O pôr-da-vidaData 29/05/2007 02:43:37 | Tópico: Poemas -> Sombrios
 
 |  | Da janela se podia ver o sol Colorindo em tons de agonia
 O azul outrora límpido...
 Definhando perante à existência
 Fechando os olhos à podridão
 Ao selar tal ingênuo pacto
 Abre as portas para o mal
 Antes escondido nas sombras
 Percorre livre pelos caminhos
 Desejando sangue, desejando carne
 A fazer da vida somente luxúria
 Pouco lhes importa salvação
 Todo o vinho e bebida presentes
 São mais atrativos e compensadores
 Em trevas mergulho novamente
 Privando-me da imagem da inocência
 Assumindo minha face e papel
 Ante os seres da noite em penumbra
 Eis que avisto-te
 Minha vítima esta noite
 Uma alma solitária, confusa
 Buscando algo que não pode dominar
 Delicio-me com o modo como te provoco
 E como me desejas com o olhar
 Enquanto alimento teu ego
 Deixando-o cada vez mais vulnerável!
 A força que provém de sua confiança
 É como um amigo traiçoeiro e ardiloso
 Esperando o primeiro descuido!
 Segue-me com os olhos, depois o corpo
 Tarde demais! Já fazes parte
 Da minha perigosa brincadeira
 Enquanto pensas me dominar
 Apenas satisfaz meus caprichos
 Mais que em corpo, se envolves em alma
 Mas, sou insaciável e não és suficiente
 Abandono-o ao nada, sem remorsos
 Destruo sonhos e certezas,
 Enquanto durmo placidamente
 Vencido pelo próprio orgulho
 Ao menos a dignidade recupere!
 E não rasteje por mim
 Tal atitude me enoja
 Siga teu rumo, não és o primeiro
 Dos corações que destruo
 Que perdido entre nuvens se pôs
 Em algum momento que não mais recordo!<br />_________________
 frozen kisses
 
 
 Thamires Nayara.copyright © 2007 proibida cópia ou venda sem o conhecimento do autor."A violação dos direitos autorais é crime"(lei federal 9.610)
 
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