#01

Data 20/05/2009 23:20:51 | Tópico: Textos


dizes: as esperas são sítios demasiado perto, sufocam. aparto-me de ti com um parágrafo.

talvez ainda te sentes no mesmo banco, fales com os mesmos pombos, tombes a cabeça para o lado esquerdo enquanto pensas. talvez ainda te esqueças de quem és, do nome que habitas, como se te fosses indiferente, te ocupasses já de morte. ou talvez de hoje em diante não te vejam já as ruas, paralelas às que me cruzam. porque as esperas são vésperas de abraços sem cais.

digo: todos os parágrafos são esquinas de rua.



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