Flores do Mal (3)

Data 22/05/2009 18:12:01 | Tópico: Poemas

O apego apaixonado dos meus olhos ao inócuo
O óbvio repetidamente novo das paredes
O queixume noturno das horas semi-mortas
A tola alegria da luz no queimar da última vela
O meu descansar no outro, enquanto uma guerra presumida
O hábito egoísta e cego de quatros mãos sempre fechadas
A falsa gratuidade dos meus momentos mais caros
O anti-prêmio risível e cumulativo da solidão que inventa-me
O desperdiçar detalhes do artista quando outra vez anônimo
O inquietar-me na aventura íngreme de quaisquer lembranças
E essas tulipas estampadas no lençol,
como as odeio!



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