Saudades

Data 23/05/2009 15:23:49 | Tópico: Poemas

Na fímbria do olhar, o tempo.
Na ponta dos dedos, as emoções.
Na alma se escrevem os afectos
como se a primavera renascesse
e as cinzas fossem oiro
e as recordações, lagos calmos

O luar da saudade
Os corpos que ficaram
O que permanece hibernado
à espera do sol

Eu acredito tanto nas palavras
e os sentimentos refugiam-se
e no rosto da vida, recriada
escrevo-te, também, criadora
mulher que conjuga os verbos
na mágica criação dos cheiros

e as essências ficam no ar
simples caminho de solidões
que se refazem, se transformam
e somos crisálidas a crescer
porque as borboletas são frágeis


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