QUEIXUME

Data 24/05/2009 12:26:31 | Tópico: Sonetos

Saibam, pois, que este soneto emergente
Quebrou a cara, e mesmo assim revive
Fez dos versinhos, ponte da mente
E da alma, um amante declive...

Queixo-me agora aos vesperais,
Algozes, da arte fantasiosa
Fazem amor, sem a carne,
Morrem extasiados, sem as rosas...

Queixo-me agora dos imortais,
Que lá estão sem sentir mais,
O gosto dum terno beijo...

Queixo-me do desejo maculado,
Que o poeta sente, e seu fado,
Se alimenta apenas do triste desejo!

(Ledalge,2004)

Do fundo do baú


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