
A vida
Data 25/05/2009 18:48:31 | Tópico: Poemas -> Reflexão
| A vida que não se altera faço do céu a minha fronteira Nesta busca, nesta quimera Bela mulher, bela sereia
Afastamento inadmissível de um afecto por quem pecou Um amor-ódio tão punível de uma ferida que não sarou
Fêmea, diva inigualável ao alcance de um simples toque Afastamento intragável De uma paixão que se torna forte
Belas e cândidas moças Negras e escuras peles Instigam-me, elevam-me as forças Amo-te, Leonor Teles
Pecadora, adúltera, vadia Traidora, rameira, reles Ficaste nessa masmorra fria Desonraste o apelido Teles
Damas, divas do mundo de um sonho quase etéreo Padeço de um ódio profundo A que se deve tal mistério?
E a vida dentro de mim Flameja, qual astro brilhante A puta da vida é assim! É um sonho hilariante
Se sonho acordado, não noto Ser empírico quase ideal Mas quando penso, denoto Um espírito letal
O meu Eu malicioso Leviano e intragável Um rumo tão penoso Ser humano e sociável
Se os espíritos do além Louvam-me a entidade E como eu, não há quem sinta tal perplexidade
De uma paixão inacessível De um afastamento doloroso Tal melancolia é punível com um laço tão moroso
Um laço com uma mulher que me espera no altar Caminho como quem quer Verbalizar e então Amar!
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João Filipe Pimentel
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