
A adorada embaixatriz
Data 28/05/2009 20:41:52 | Tópico: Poemas -> Amizade
| E se as paixões assim da carne são aquelas que agora recuso E quando te vejo, soa o alarme do corpo que se observa, difuso
Espelho as almas que renego São aquelas que desejo Estou parado e assim espero aquilo que não prevejo
Mas a chama vai-se apagando Percorre os rumos da mente da razão que proclamando da paixão idílica, descrente
Oiço as mundanas conversas de futebol a afins Escrevo calmo sem pressas receitas de pudins
Estranho o que escrevo e por vezes estranho o que sinto Estranho o que elevo Estranho-me a mim quando minto
O espelho que reflecte a alma inclinada É a luz que renega a rectidão Vejo-me com uma paixão desregrada Seguida de dor e solidão
Anseio a calma que perscruto Desejo aquilo que renego Vejo-te em muitos anos, de luto Um grande esforço, por ti emprego
És a calma no desejo És o espírito que apazigua A diplomata do ensejo o equinócio da minha lua
És o astro que procuro És a orbita que quero percorrer É com gravidade que aqui juro A atracção indolor, sem doer
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João Filipe Pimentel
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