Observo-te! (156)

Data 30/05/2007 21:17:55 | Tópico: Sonetos


Ao longe... bem ao longe, observo-te!
Estagnada pela fusão pura de olhares
Vens! corres até cá e forte agarro-te
Após o beijo roubado em doces sabores

E calorosos, que costumávamos trocar
Sempre, ao bojo reluzente de nova lua.
E cantávamos... aos fluidos do amar
Encharcando-nos, em longas noites nuas.

Se te vais agora, dê-me o meu beijo
Último! e parta argüida de mim
Aos suspiros malogrados, e deixo

Em ti, o brio vivo do carmesim
Como rosas floridas dou-te ensejo
De bem ao longe, observar-me partir.




15/05/07
Rio Branco.



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=8480