Há um mundo a desbravar Para além de mim Para além deste corpo Cansado do peso dos dias
O meu mundo interior.
Florestas virgens, De árvores frondosas E verdejantes, onde os pássaros fazem Alegres os seus ninhos
Terrenos áridos Há procura de um agricultor Que os revolva e lhes deita sementes a terra.
A caminhada até lá
Há uma nesga e luz Que se escapa nas frinchas Do meu pensamento Iluminando aos poucos O caminho da paz Infinita
Os silêncios desejados
Encontro-a nos silêncios A que me concedo Nesta ausência de mim Num mundo ruidoso
A paz infinita
Procuro-a Nesses momentos De magia e serenidade Encontro-a para além Deste corpo Efémero e dorido Num mundo onde O sol não queima Ausente de todas As minhas certezas E desta terra que me Seduz
|