MUNDOEm volta tudo é vasto, macro,
e o mundo vem batendo forte,
não perdoa o sensível e fraco
- rejeita o que ficar sem norte.
É preciso vergar (não ser acro)
como o bambu, aceitar a sorte.
Sacro dever de manter o sacro:**
ficar vivo, esquecer-se a morte.
Osso duro de roer... cálice de fel
no simulacro de tanta inverdade,
nossa Vida é o eterno carrossel.
Há de haver algo melhor acima,
a quem valha ter-se Honestidade,
um deus que odeie pantomima!
***
Silvia Regina Costa Lima
2 de maio de 2009
Publicado no Recanto das Letras em 17/05/2009
Código do texto: T1599343
http://recantodasletras.uol.com.br/sonetos/1599343*****
Obs: *Sacro: dever sagrado
**Sacro: Osso humano da bacia