ABERTA

Data 01/06/2009 20:30:57 | Tópico: Poemas

Ah! Aquela que outrora viu rabiscos
Latejarem como pardais nos galhos
E que o crepúsculo escureceu as retinas
Foi a mesma que se desvirginou dos tabus
Quando tocou com os dedos as desditas
Suas minas de oiro com flores de avelã
A mesma que urrou com os sarcasmos
E que cuspiu num prato de pedrarias
A mesma folha alva que sangrou do esmalte
Que saía de mim como estrela madrinha
Ah! Tenho aqui um poema aberto, escancarado e repleto de coisas estranhas
Como supor que o céu derrama seu manto azul
Quando a poesia me fascina e minha alma me arranha!


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