
Em nome da Liberdade
Data 02/06/2009 11:37:58 | Tópico: Poemas -> Reflexão
| Em nome da tão afamada liberdade Quanto sangue correu pelas paredes das celas da Bastilha Quantas cabeças rolaram sobre o peso da guilhotina Dessa gravosa anglo-gravidade Em nome da liberdade E em nome da Liberdade Matou-se o regente luso, o último Elevou-se a Republica Elevou-se por vezes a injúria
Em nome da Liberdade Perdeu-se a Saudade,
Em nome da Liberdade Desse povo que ostenta a estátua homónima Que carrega a tocha na austera mão direita Supostamente perfeita E que carrega a coroa de sete espinhos
 Em nome dessa liberdade, Lançou-se a devastadora bomba sobre os nipónicos Arrasaram-se milhares de vida em nome dessa mesma liberdade E dos seus três pilares mestre anexos
Em nome da Liberdade na “Ordem e Progresso” Morrem milhares em metrópoles perversas E imersas em fogo cruzado, sem condições humanas Todas elas profanas Enquanto senhores ricos ostentam quintas, palacetes, carrões, propriedades imensas no mato
Em nome da Liberdade O Sangue que escorreu em África Com catanadas que cortavam carne tenra infantil De pobres crianças, pueris, apenas por pertencerem a tribos diferentes Em nome da Liberdade, em Nome da Liberdade O Sangue que não escorreu na “Cidade Livre” Em nome da anglo-liberdade E a saudade?
Em nome da Liberdade Pois a Liberdade fumava muito, e morreu de cancro dos pulmões Em nome da Liberdade
Em nome da gravosa anglo-liberdade
Não posso deixar de observar o sangue derramado, as vidas inocentes que não tiveram a culpa de serem As vítimas Da Liberdade Dos “outros”
Tudo em nome da Liberdade Que rima com Fraternidade Igualdade
Pois haverá nas terras do pau Brasil Igualdade? Haverá nas terras do Tio Samuel Igualdade? Haverá Fraternidade nas terras francas?
Em nome da francófona Liberdade?
“Liberté, Egalité, Fraternité”
Será o três o sacro número? E o Sacrifício em seu nome?
A bomba atómica Que menciona essa estrutura quase indivisível que é o átomo, tão minúscula, tão quase ínfima Como pode causar tantos danos? Como pode causar tanta devastação? Tanta destruição? Em nome da Liberdade!?
Em nome dessas Liberdades ostentadas nas bandeiras africanas! Quanto sangue não escorreu pelos pacíficos colonos?
E foi no “Pacífico” que se combateu pela “Atormentada” Liberdade
Mas doce Flor
Não te levarei para onde não queres ir Respeito o teu livre arbítrio, o teu sentido de liberdade, E se porventura quiseres fugir E o melhor é a Liberdade E o fado e a Saudade!?
Não te imponho nem regras nem moral Não sou teu amo, nem teu Senhor, Mas não nego que por ti sinto por vezes paixão, amor E bem sei que vivo em condição de mortal.
Mostrei-te os contrastes da vida E talvez te tenha mostrado o direito Mas apenas o direito não é perfeito E tentei mostrar-te o caminho, a Saída
A tão desejada Liberdade Cabe-nos a nós redescobri-la Para que possamos senti-la No nascimento, a Autenticidade
Talvez a Liberdade seja por vezes funesta, Não to sei dizer Apenas homens racionais e conscenciosos podem nutrir Da verdadeira liberdade Vê o sangue derramado nas batalhas e revoluções Em nome da aclamada Liberdade Revolução francesa, americana, africana, sempre Em nome da Liberdade Vê a morte, a tragédia em nome dos três pilares Mestres que sustentam esses valores
MAS, esqueçamos os pretéritos, as intempéries e O sangue e evoquemos o Perdão sem Sermão
Deixemos que as águas cristalinas e os ventos do Norte Limpem as mágoas e as máculas mundanas Vamos elevar o Sacro, sem sacrificar as profanas
A liberdade é um processo Imerso Por vezes Intenso Que renega o perverso
E terá o Homem que sofrer para a contemplar?
Absorvamos os campos verdejantes Encaremo-nos como seres pensantes
Farão a tragédia, o Sangue, as catástrofes, parte do processo de Liberdade?
Terá o Homem, com ‘H’ Germano, que sofrer, para que possa nutrir da Liberdade? Terá a Liberdade do número 90 ter que se movimentar?
O que é ímpar? O que é par? O que é uno? O que é amar? O que é o todo? O que é suar? O que é o nada? O que é saltar? Quem sou Eu? Serei o breu? Ou o Apogeu?
Que sois vós? Bela Flor campestre? Que me foi agreste?
Creio que uma Flor serena Calma, amiga e amena
Nutramo-nos dessa mágica Liberdade Elevemo-la nos mais altos dos pilares Dos triângulos rectângulos, rectos direitos e divinos Dos crescentes pares das terras meridionais
Afastemos o desejo impuro Façamos dos juramentos, a Liberdade, aqui juro
Trilhemos os passos da Liberdade Da Caridade Da mocidade Do Renascer, pois só ao renascer somos livres Da piedosa Piedade
(ah tou maluko, maluko infiéllll que sou, os americanos destruiram o império do sol renascente pelo processo contrário, não foram no sentido oeste leste, foram através do pacífico, e do deboxe oeste, foram ao nipónico renascimento do sol nascente destruir a essência da liberdade --- LIBERDADE – ESTA SENILIDADE) Nota: P Ignorar
Evoquemos a Liberdade Afastemos a escravatura
Pensemos nos homens-livres que aboliram a opressora escravatura Nos pedreiros livres que elevaram os valores da amizade e fraternidade Elevemos os espíritos ternos a amigos Irradiemos o desejo, e sigamos os espíritos indo-europeus da suástica pacífica Percamos os anti-semitismos Adoremos o espírito infantil da puerilidade Criemos um mundo, e um ser livre Dêmos ao mundo felicidade, mas lembrai-vos cara Flor, que a Liberdade é um Processo
Que se conquista, que se alcança E só o homem racional, forte, e verdadeiro a obtém Sem as farpas de uma lança
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João Filipe Pimentel
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