OIÇAM ISTO
Data 07/06/2009 17:30:02 | Tópico: Poemas -> Introspecção
|
Qual flor nascida, no meio de nenhures, assim sou eu, porque nada busquei e nada quis E assim está certo e não de uma outra forma qualquer Enquanto menino fui feliz, ao sol e à chuva, se chuva havia ou fazia sol E distraído olhava para isto tudo como que jogando uma pedra irreflectidamente E o verde dos campos era ainda mais verde sem razão aparente, porque não há razão onde razão não cabe Quando eu morrer, não tenham pena de mim, é que eu fui feliz e isso me basta, seja lá o que tudo isto quer dizer Quem tudo ambiciona, ambiciona a nada, quando a ambição é maior do que o ambicionado Ah, nada esperar, nada desejar, ser apenas como a um rio que corre para onde lhe leva a vontade das águas E assim ser finalmente livre, desta roupa humana, que me veste…
Jorge Humberto 06/06/09
|
|