
Combustão de absurdos
Data 09/06/2009 11:28:20 | Tópico: Poemas
| No lento fim do amor latejantes negações aquém absurdo, a virgem perdida no uníssono dos passos, pastores de solidões. O lado vazio chamada para a morte mansamente enfraquecida. Na íris do sentimento há visões que cabem nos olhos das flores sonhadoras electrocutadas na ganância de reaver todo o tempo perdido no desânimo dos amantes. Noutro espaço alforriado choram saudades, espectros antigos condecorações e prisões, futuro de graníticos louvores que com a mesma mão dá e tira brilho ao tacto.
Fiz-me à vida e pela zurrapa cresci um palmo ... vais agora dizer-me porquê? Dias cinzentos, cartas viúvas enamorado por todas, sem demora e por ninguém... Dualidades. Correm forcas atrás dos enforcados, o que é bicho é caça... fábulas da alma e sonho acordado no centro das labaredas, chão de rugidos. No lado moribundo da palavra há diálogos de luas inteiras, anagramas do espírito flautas doentes de ilusões, intolerâncias a rodos, de chofre, pela utopia dos verbos. Difamações maritais e parietais mundo canalha a beleza que magoa de vez os dias mal agendados, porque me odeio e amo sem sair dos condomínios do meu corpo.
Lá fora, dormem absurdos ais da noite, por descuido esquinados em voz alta no desfecho do querer que nos cozinha a extravagância desses minutos, abismos loucos filhos de sémens diferentes nas solidões que calafetam à ilharga do sol, encostado ao monte de Abraão, onde o amor vai comer à mão do Senhor!
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