Miragem sem sede

Data 17/06/2009 12:54:09 | Tópico: Poemas

Nos recortes da montanha
Vagarosamente a neblina escala,
Oscila nos penedos, sem medo
No cume de cada memória,
A seiva verde aflora
Desfaz-se em nevoeiros,
No vento que intercepta a luz
Sol da madrugada,
Aquietados sentidos.

Entre muralhas onde se senta o pó,
Inventamos a vida,
Desce a chuva
Cálices refeitos.

Dois olhos se cruzam no alto…
Deserto chão
Miragem sem sede…
Talvez um recomeço…



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=86833