Na Morte vejo vida
Data 24/06/2006 20:40:00 | Tópico: Poemas -> Góticos
| Egoísta foi Por toda magoa para ti somente guarda E não compartilhar sua dor com ninguém mais
Seus gritos abafados Foram retratados Seus olhos nunca me enganaram
Na ausência de vida Cobriste-te corpo nu com negro véu E popas te o mundo que lhe cercava de sua dor
Ao leito onde se encerra Espera com fervor Seus olhos fixos se despejam ao nada
O vento balança a copa das arvores E seus lamentos estão escritos Pode-se ver em seu olhar
Quanto grande a decepção pode ser Ao grande custo de uma vida se privar E que se assim de fato for que se vá com esplendor
O sol brilha e as pessoas saem para mendigar Sorrisos, saudações Dignidade. Lá fora é dia, mais neste leito ainda abrange a noite.
Teus irmãos, levantaram-se mil vezes Mais se curvaram ao seu olhar Que ao profundo ao nada se perde
Blasfêmias agora podem se ouvir Nasceste perfeita e não se perguntou o por quê? Agora na depressão de teu estado se perguntam, o por quê?
No estado mais profundo se confunde a um defunto Seu olhar parado Sua pele cadavérica
Nos secos lábios que água rejeitou Na morta pele que do sol se refugiou De um morto olhar que do mundo se privou
Foi junto aos eternos votos de lamentações sem fim Mistura-se a terra que por muito andou Privou-se do que um dia amou
Como a face de um anjo mal Por fim seu rosto trincou E seu sábio soprou
Mais nada se ouviu Nada se deslocou E pouco se pode fazer
Mirar em teu corpo agora tal esta vazio por fim Miríada a dor de ver sua pessoa me deixar E esta não será miscível a qual quer outra
Caminhas de cabeça baixa ao morgue em que tu descansaras Mouco fui a tuas palavras que se marcaram a tua partida e foram então ouvidas As rosas depositadas com o tempo secaram nunca mais eu fui trocá-las Mais eu tive coram para verte uma ultima vez E nunca mais ouvi d’tua pessoa alguém falar Pos quem sabe no esquecimento é melhor se encontrar?
Nos degraus da velha igreja Já fé não tinha lá De joelhos aos choros sua imagem me veio
De pesares comuns ao entanto não me privei Então me lembro Não vale muito
Que de onde tu descansas As mãos dela chegam lá Viva e não deixa lhe tocar
Que do amor muito fácil à alta traição se chega Que da dor mais bom gosto a alegria alcançada terá Que em lagrimas maior será o seu sorriso
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