Dispenso a palha

Data 16/06/2009 10:26:05 | Tópico: Poemas

As acções ficam para quem as faz
Lá diz o povo e tem razão
Mas as zaragatas que trás,
Moem o miolo pois então

De confusão, em confusão
Lá se vai passando a vida
Vou dando ares de bonzão
Na cabeça serradura, moída

Lamuria, pateta fingida
Dá ares de mente brilhante
Dá-se a volta à guarita
Encontra-se semente, demente

Ai Jesus que eu era crente
Cria no sexo dos anjos
E agora, vi-me num ginete
Feita num molhos de brócolos


Falo cá p´rós meus anelos
Não querem lá ver a maldade
Umas patacas, prós meus arreios
Davam-me jeito, essa é a verdade

Não façam caso é da idade
Entrei em devaneios
Vejo fantasmas, por toda a parte
Montes deles, nos galanteios

Por entre beijinhos e abraços
Lá vou desfiando o rosário
Dos meus males, o que é que faço?
Sou vitima, de grande fadário

Menina, preste atenção
Gritaram ali do lado
Não tenhas pena de ti não
Mata as penas, com um abafado.

Mata as penas com um abafado
Licor doce, que agasalha
Lá por me fazer de burra
De ceia dispenso a palha.



Poetamaldito


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