INEGÁVEL DEPENDÊNCIA

Data 19/06/2009 22:56:21 | Tópico: Sonetos

Desgasta-nos seguir assim em linha reta
Ao ritmo desse compasso acelerado.
Por que querer fazer do tempo uma seta
Se o tempo caminhando vai espiralado?
Respiro a brisa que me chega matutina
E traz gratuita, embriagada a energia
Que entra em mim tão benfazeja e genuína
E põe-se a circular ligeira em harmonia
Com tudo que na natureza bela pulsa,
Que segue ao todo entrelaçada e não avulsa
E torna iguais o porco-espinho e a rosa flor.
A nós, que temos o pulsar da consciência,
Cabe aceitarmos a inegável dependência
Da lei que rege o universo: A lei do amor.


Frederico Salvo



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=87660