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Data 25/06/2009 21:05:59 | Tópico: Sonetos

Olho através da tela da imaginação
Procuro decifrar cada gesto teu
O som da tua voz, até a tua respiração
Sim procuro, mas nada aconteceu

Assim passo o tempo nesta imensidão
De poemas à solta, fantástico apogeu
Por onde as ideias correm em turbilhão
Mas escapas-me sim, o erro talvez seja meu

Perdi a sintonia e não me aproximei
Fechei-me na concha, da desilusão
Perdi o poema, ao longe o deixei

Procuro-te sim e com sofreguidão
Se te contasse tudo o que imaginei
Quem sabe me olhavas, quem sabe se não


Antónia Ruivo


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