
Quimera
Data 05/06/2007 14:03:48 | Tópico: Poemas -> Amor
| Sinto-te pelas vésperas trazida por um vento fresco que se assoma, como se te abraçasse, e na explosão dos traços emprestados ao teu rosto, as palavras nascessem, do profundo guardado no teu peito. Há sempre um cheiro novo, intenso, que vem na entrega na partilha, e me ultrapassa e me provoca quando te olho, como a um espelho e te sinto meu lado desigual. És a mestra que me ensina o caminho onde vou, apontando na tua direcção; recebes meus dedos em delírio onde te desenho, nos gestos que procuras e esfusiante pedes mais e mais ternura, que eu derramo em ti sem constrangimento. Nas noites onde te deitas comigo, permanece real o meu desejo, ofereço-te quase tudo o que possuo, deixando-me embalar no trecho dessa dança onde teus pés e meus, se cruzam e saltam no meu leito, felizes dos encontros, de se terem. e dos poemas que dizemos de cor e mais os que trocamos sem olhar, confortam-nos do gelo da saudade que se derrete, quando nos chegamos, bem perto do que sempre pode acontecer..
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