Quando

Data 05/06/2007 21:16:49 | Tópico: Poemas -> Amor

Quando
das tuas mãos em concha
e das minhas mãos abertas
escorregarem na noite
gotas, pétalas de rosa,
tal essência alva, leitosa;
Quando
se arredondarem
todos os segundos
desdobrados no desbravar
de entrecruzados dedos
a descodificar segredos;
E das minhas mãos abertas
estrelas estalejarem
no céu dos teus sentidos;
E as tuas mãos em concha
me acolherem na toada
dos gemidos;
O teu olhar circunvagar
as margens do meu corpo;
O meu olhar pintar a Sol
os rebordos do teu peito;
Neste leito
sorrisos longínquos
ora parados, ora fugidios,
enfeitarão o desejo.

As palavras serão
desnecessárias ...

Rios profundos
cavos e rotundos
serão o nosso Mundo,
a noite a nossa
Deusa protectora ...



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