Vou de férias, estou indo

Data 29/06/2009 23:15:53 | Tópico: Poemas -> Sociais

Num tempo restaurado
Na vizinhança das férias
Se encobrem os lamentos
No descanso premeditado
Onde sobram as lérias
Para esquecer os tormentos.

Apaziguam-se os desânimos
Esquecem-se os sobressaltos
E os vários percalços da vida
Refortalecem-se os ânimos
Recrudescem os assaltos
Às vidas já perdidas.

Sinfonia sem orquestra
No imaginário da mente
E do ouvido da astúcia
Segura-se a trave mestra
Isola-se o ser demente
E actua-se com argúcia.

Passam os breves dias
Marcados há vários meses
Num periódico ritual anual
Regressa-se às heresias
Contornam-se os revezes
Supera-se o pantanal.

Nesta existência de nuances
De enfeites e alindados
Relevados para a primazia
Ofuscam-se os semelhantes
Olvidam-se os mutilados
E não suportamos a azia.



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