Espelho

Data 30/06/2009 17:23:38 | Tópico: Poemas

Sem poder dormir, por razões dos mais variados tipos, dispo-me de medos e certezas. Escrevo então o que em mim nasce, como ondas que beijam a areia e deixam a sua marca. Salgo então, sem exagerar, toda a minha poesia de simples, banais e toscas palavras, que fazem parte de todo o meu ser, de toda a minha história. Cicatrizes que foram ficando de tempos em tempos. «Quem sou eu?» o maior paradoxo de todos os tempos que em mim habita, e leva pela mão. Assim sozinho, caminho em estradas e estradas em vão, encontrando-te na esquina da solidão. Olhaste-me e disseste numa voz pálida e surda, que sou o que jamais alguém vira, e o que jamais alguém virá. Serei eu a sombra dos poetas, e outros tantos seres, que me vêm ao espelho?



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