Madrugada

Data 30/06/2009 21:14:52 | Tópico: Poemas

De uma madrugada
sem eira nem beira
nasceu uma manhã
aniquilada .


Seu corpo
coberto de nada
deitou-se
(no que pensou
ser o seu mundo)
agarrando-se
à vida que a evitava.


Agora,
desdobrada na dor
que a acompanha,
morre devagar
como quase nada,
aquela manhã,
quase abortada,
que nasceu do cio
da madrugada.



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=88979