«« Conversa sem véu ««
Data 02/07/2009 19:39:54 | Tópico: Poemas
| Nas horas que converso comigo E consigo olhar-me de frente Enrosco-me nas horas e sigo Essa conversa dormente
Desnudo-me e nada me abala Falo, falo, e nada digo O meu eu é porto de abrigo Pétala de rosa, bengala É campo coberto de trigo É descanso ao domingo É orquestra em noite de gala
Nas horas que converso comigo Mato a dor, mato a tristeza Enleio-me na singeleza De uma conversa sem véu
Consigo separar as aguas Contar as estrelas do céu Consigo conversar contigo Contar-te os meu tormentos Falar-te dos meus lamentos Embrenho-me nessa conversa Ás tantas já não existo
Ficas tu, converso contigo…
Antónia Ruivo
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