Relogio do tempo

Data 03/07/2009 18:00:47 | Tópico: Poemas

Relógio do tempo

Ponteiros invisíveis do ontem, do agora,
poderosa clepsidra ou pedra de amuleto,
que faz o futuro ser amigo de outrora,
como a fé esdrúxula de Tales de Mileto.

Passos vagarosos quando a dor presente,
rasgo dos mundos de bramido espesso,
que não tem fim , meio e nem começo,
como frieza de um bote da serpente.

Sem lógica cronológica, nem seqüência,
é semente envenenada com eloqüência,
inimigo do prazer mundano e celestial...

Falsa maestria, um mágico heterogênio,
que transforma um ingênuo em gênio
e um servo num imperador firme e imortal.

FRancisco Ferreira


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