Ama-te, mulher

Data 04/07/2009 15:13:38 | Tópico: Poemas

Porque te escondes atrás das grades da prisão em que te enclausuraste?
Porque te escondes numa concha que te asfixia?
Destrói os estores opacos da alma e olha para dentro de ti.
Puxa a cortina que tens nos olhos e olha para fora de ti.
Vês?
Os teus lhos são brilhantes,
o teu corpo é sensual,
a tua alma é cristalina e,
vês mulher, tu és dona do mundo, do teu mundo...
Tu és dona de ti.
Rebenta os muros que te vedam a alma e te tornam escrava dos outros e escrava de ti própria.
Sai da concha da tua clausura!
Não vês que a concha está seca, sem oxigénio e, assim morrerás asfixiada?
Rebenta o ferrolho dessa prisão.
Olha o sol radioso, as flores, os pássaros.
Olha o firmamento em noite estrelada,
elege uma constelação como tua,
brilha com as estrelas e,
depressa serás, a mais brilhante delas.
Do tecido das cortinas que trazes nos olhos,faz as tuas bandeiras: do amor próprio, da auto-confiança, da independência, da liberdade.

Vai mulher, conquista-te e ama-te.
Depois... mulher, ama!


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=89446