
Tudo é silêncio...
Data 04/07/2009 18:31:26 | Tópico: Poemas
| O olhar pousou ternura na face da noite cansada de amanhecer, Pois fiquei murmurando ao vento, Dizendo segredos e ouvindo uma triste canção. O Sol apagou-se aos acenos do crepúsculo, Fazendo ilusões pararem no tempo. O céu ficou nublado e os pássaros não cantam mais. Tudo é silêncio. Não sei o que vou dizer para estas paredes Que me olham desconfiadas... Que exigem uma resposta imediata, Que são tão irracionais quanto algum de nós... Que aprisionam o meu corpo, o meu ego, minha mente... A saudade e o desejo sufocante persiste em devorar-me, Sentindo somente um nome aprisionado à minha mente. A lembrança juntou-se com a saudade e perpetuaram-se. A dor existe para os que sofrem num amor sem fronteiras, sem limites... E neste momento o amor e a dor uniram-se. Perco-me no rumo deste silêncio, Beijando beijos que amanheceram em mim. Teu olhar repousa como dádiva na minha angústia. Tua voz ressoa através da distância, Percorrendo, buscando e não encontrando as promessas feitas de futuros caminhos. Palavras calaram-se em meus lábios, A espera do instante, Detendo até o pensamento. Neste instante pensamento, O sonho fruto da esperança, Algemou meu corpo ao seu sabor e desejos. Na ternura do carinho ficaram as marcas Que dizem, por certo, mais que palavras. Experimentei o sabor do verdadeiro sorriso, E a ternura das lágrimas de felicidade. Recordarei das noites lindas, com a lua muito mansa, Que me deixaram para sempre a lembrança De uma felicidade que não volta mais. Talvez um dia, Em minha pobre alma deserta, Entre sorrindo uma nova esperança. Desculpe-me se falo apenas de mim, De minhas lágrimas, Se a ânsia de estar junto a você é maior que todas as regras de filosofia que estabeleci para minha vida. Desculpe-me por ter sido tão sincero; Por imaginar mil planos de felicidade... Desculpe-me por sonhar um sonho impossível, Que só foi possível nos meus versos de um poeta apaixonado.
Daynor Lindner
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