Estou aì às sete

Data 07/07/2009 16:37:00 | Tópico: Textos -> Amor

Amor, estou aí às sete, vou depressa.
Vai desabotoando o botão mais lindo, apregoado nu que é nosso esse teu mamilo. Espera que eu deslize o fecho éclair estacionado no teu umbigo. Deszipo e abro mais que um beijo, arribo pelo teu caminho, percorro as tábuas desde as mais singelas às vértebras mais direitas e sempre com língua correndo, numa hora com mais de mil passos, no teu carril. Pouca terra, pouca terra, apita o apito que deita o fumo e acelera pelas encostas de um rio que é Douro. Suspiram as montanhas e espreguiçam os teus braços cancelas, orientações do meu tráfego. Trim, Trim, não atendas, é o aviso para que ninguém passe, uffff, ufff, sai o fôlego de uma palavra que é um desabafo. Aperta-me, sussurra que acelere até que cheguemos os dois á hora marcada que está prevista , que não passe as sete.


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=89803