
Versos a morte
Data 10/07/2009 17:42:28 | Tópico: Poemas -> Sombrios
| Oh lugubre e catastrofica antitese da vida covarde e traiçoeira que persegue a sorte tu não me assusta com teu nome de morte nem me amedronta com a certeza da tua vinda
livre estarei com as aves fugidias, com a unica aversão de ficar presa aos teus beijos como passaros sozinhos em carceres soberbos e a agonia e o tedio seja os donos dos meus dias
Porta de entrada para outras eras perseguidora implacável de sangue corrente até que um dia minhas fibras se arrebente lutarei contra ti como as mais bravas feras
capitulo derradeiro de minha novela de cujo dia serei infeliz sou anfitrião tu és meretriz em tua homenagem acenderei uma vela
forma difusa de todas as filosofias inexplicavel fenomeno que arrepia minha pele minha psiquê te condena, meu raciocinio te repele como caçador atirando em aves fugidias
certeza concreta do infeliz destino comandante da paralisia cardioencefálica general infalivel, fugura diplomatica tu é tão notável quanto a batida de um sino
Ponte de ligação para outra dimensão dona da transitoriedade do orbe terreste se tu és uma magica eu sou o teu mestre que ainda te respeita em tua funebre extensão
conspiração perfeita sem aparente origem que vem silenciosa sem grito ou estrondo covarde como assassino de crime hediondo me ensina o caminho da tua vertigem
Termino meu poema com os olhos imersos em lagrimas de morte, chorando sozinho, esperando que alguem me ensine o caminho para longe da morte que nao sai dos meus versos.
Francisco Ferreira
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