ASSIM NASCE UM VERSO

Data 11/07/2009 20:01:57 | Tópico: Sonetos

"Para quê ser asa quando a gente voa,
De que serve ser cântico se entoa
Toda a canção de amor do Universo?
Para quê ser altura e ansiedade,
Se se pode gritar uma Verdade
Ao mundo vão nas sílabas dum verso?"
(Florbela Espanca)
**************************************************
Quer existir pela ilimitada utopia?
Verso meu, de poemas inconjuntos,
De explosões d'amor nas minhas sinas;
Ama em todas as vocações do mundo!

Amo o caos que habita meu imaginário,
No inconsciente peito em delito!
Versos que pari em lumes enredados,
São meus e de ninguém, soltando o grito...

Na passividade da esperança remota,
Meu verso corre em girassóis no cio.
Mais que uma elite em mim - ele sonda...

As quimeras mais castas do meu destino.
Nos trigais, colhi os oiros exaltados,
E bebi meu sangue em versos líricos!


Ledalge, 2007


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=90285