CONFLUÊNCIA

Data 11/07/2009 20:55:40 | Tópico: Sonetos

E que caminho outro haveria de ser meu
Além desse aqui em que um dia me encontraste?
Que outro destino haveria de ser seu
Senão o que a mim juntamente estiveste?
Seria ao acaso essa espontânea confluência
Que nossos riachos por hora experimentam
Tão somente fruto de vã coincidência;
Junção de quimeras qu’essas águas levavam?
Por que abraçaste meu liame de defeitos
E nunca julgaste meus gestos imperfeitos
Quais ventos num mar de constante tempestade?
Pergunto a mim mesmo qual a razão desse apreço.
Será mesmo meu Deus, que eu de fato mereço
Experimentar tão profunda e sincera amizade?


Frederico Salvo



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