
Prazo
Data 14/07/2009 01:01:43 | Tópico: Prosas Poéticas
| É na parede branca que penduro um quadro. Nele contem a imagem de uma fotografia qualquer. Podia ser eu, podias ser tu, podíamos ser nós os dois Se tempo houvesse para isso. Esse prazo começa a expirar. Já não controlo a medida arbitrária da duração das coisas, E isso deixa-me ridículo e silencioso. Se soubesses como gostava de controlar a vontade, No espaço e no tempo da minha vida. Sermos dois, apenas um mais um, É algo que relativizo na hora da firmeza. O ponto de vista não absoluto do prazo, Ou do tempo em si, como queiras, Faz-me sentir mais confiante, Pelo contrário, perdulário, Dissipador da consciência íntima. Parece que o tempo quebra e me termina. Me faz viajar para longe de ti, e do teu lugar, Onde me observas e fazes encarcerar o particular. Estou a ficar fora do prazo deste amor, Gasto e supérfluo do que não tenho.
14 de Julho de 2009
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