Anda na rua

Data 18/07/2009 06:25:43 | Tópico: Poemas

Num sopro amargo de quem chora,
enxugo com a palma os olhos húmidos,
na vontade de ver mais uma cara
de humanos simples e sentidos.

Dou assim a mão à dor
que não me deixa sozinho,
não sei como evitar este ardor
que aperta e moí devagarinho.

Deixa-me então este sentimento
que não sei onde nasceu,
penso mais um momento
e não sei como morreu.

Anda na rua
toda esta dor,
em todos os rostos reflectidos na sua
companhia, e que não guardam rancor.

Dor, sentimento de quem?
na areia não deixa pegada
mas que não nos deixa bem,
segue assim connosco como que abandonada.


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