Salta a vontade de morder as sílabas que se encavalitam em poema, dengoso mas sério. Afasta-se desenfreadamente de um texto incomodando-o e provocando-o.
Rasga-se na quadra, em dois, o número dos encantos ou de tantos outros prantos, que chora e engorda de sonhos aquele que vai no engodo mas não é louco de todo…
ah poeta de mil cores de carnes e dores que magoam, mas entoam, a desgarrada medida de uma mentira sentida (mas por si, já falecida)
ah poeta como te cheiro em cada letra em cada seio como sorvo aquela frase trazendo as asas de uma ave em brisa de verbo aliciar (mas que não deixou de voar)
Provo eu cada pedaço teu por uma lágrima que me nasceu …
ah Poeta, o teu poema, em mim, renasceu
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