
NA MENTE DOENTE DE UM CRIMINOSO
Data 18/07/2009 17:30:59 | Tópico: Crónicas
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Ah, mas, a mente, de um criminoso, não é em nada difícil, de se perceber. Desde pequeno, ainda quando criança, já se entende, que, há ali, uma predisposição, para o mal, quer através do comportamento, para com os seus colegas, de escola, quer na acção, totalmente agressiva, que tem, para com seus pais, na casa onde nasceu, mas que não tem nem nunca terá, como sua. Totalmente influenciável e desesperadamente, buscando uma identidade, fácil se torna, chamá-lo, para um de muitos grupos marginais, que fazem da rua e das juras eternas, seu modo de partida. Como sempre, atentos e ávidos, de nova carne, totalmente desconhecida e limpa de cadastro, logo os infames traficantes, trazem-no a si, prometendo-lhe, um mundo sem fim, de aventuras. As regras são rígidas e o jovem criminoso, terá, em último caso, de aceitar sua morte, em nome da causa e de seus colegas, não existindo nenhum meio-termo. Depois de passar, a prova da resistência, onde, por todos é espancado, à vez, acaso, continue firme, por todos é então felicitado, e, como identidade, para com, o que se adivinha, precária vida, o chefe, dos traficantes, num acto de sacrilégio, nas mãos ansiosas, do pretendente, a novo criminoso, deixa resvalar uma arma, para júbilo do jovem – irmanado e protegido, pelos seus, crianças, iguais a ele. Os que têm mais sorte, sobrevivem à adolescência, e, em adultos, sem escrúpulos, transformam, suas vidas. Entretanto, dentro, da irmandade, a hierarquia, está sempre, em constante, evolução, desde os simples «soldados», até aos «capitães» e graduados «coronéis». E é daqui, que muitos, tendo saldado, sua divida, para com o «gang», resolvem trabalhar, por conta própria, dando um passo em frente, na sua carreira, criminosa. Com a «profissão», desde bem cedo, a correr-lhes, no sangue, factores de honra, a cumprir, como sinal, de sua identidade, que fazem questão, de deixar bem vincada, depois de cada assalto, seu «modus operands», é só um: após, cada roubo, o desferir, de uma arma de fogo, matando a vítima, à queima-roupa, como coisa, sem importância e… silenciosa.
Jorge Humberto 17/07/09
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