Sem abrigo

Data 23/07/2009 08:28:26 | Tópico: Poemas

Que se cumpra sempre o acordar
Pelo monólogo cacarejo da alvorada
E que de mais um nado vivo ao chorar
Ecoe a vida para esquecer o nada

Por muito que a madrugada anoiteça
E que no seu colo acolha o pano azul do dia
Sabe-se que há sempre alguém que adormeça
No relento esquecido de uma noite fria

Os jornais já lidos e abandonados
Com histórias vadias roubadas ao chão
São panos de seda bem bordados
Enrolados no corpo de um antigo chorão


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