Um grande abraço...para todos

Data 25/07/2009 18:07:45 | Tópico: Crónicas

é mesmo para todos sem excepção.
Estava para escrever um poema, depois pensei nas grilhetas da rima, no peso das sílabas. Na composição de uma declaração há que ter sempre em conta todas essas nuances, que quer se queira quer não nos retiram o instinto, aquele de escrever escorreito na ponta da pena sem parar, de forma instintiva tal como vos faço agora. O luso no último ano da minha vida ocupou uma parte importante da sanha criadora que tinha só para mim, nunca o confessava a ninguém. Lembro-me de em miúdo fazer um poema de fim de ano e os outros garotos da escola ficaram a olhar para mim desconfiando da sensibilidade que nos leva a pôr por escrito sentimentos e imagens, em vez de fotografar com a retina, eu fotografava com a caneta, por isso fui sempre contra o conceito de que “uma imagem vale por mil palavras”. Uma imagem despida de uma moldura pode até ser feia e para mim a imagem, é a moldura da palavra e não o contrário. No luso fiz amigos e amigas, pessoas que hoje fazem parte do meu quotidiano, não vou dizer nomes com medo de me esquecer de alguém, só por isso. E por vezes num exercício destes esquecemo-nos de alguém importantíssimo na escalada que empreendemos e para não cometer injustiças não o vou fazer. Vocês sabem quem são… Alguns nunca os conheci, outros gosto deles sem nem sequer no msn ter trocado ideias, só por uma salutar troca de opiniões por aqui, conquistaram a minha afabilidade e quiçá amizade, alguns ainda cujas ideias estão nas antípodas do meu pensar e da minha forma de ser. Respeito-os pela forma arreigada com que defendem o seu ideário. Alturas há que devemos parar e pensar no que fizemos em prol de quem nos rodeia, neste caso o luso, eu escrevi e contribui para a causa mas tenho para mim que recebi muito mais em troca do que aquilo que alguma vez irei dar. Numa fase importante da minha vida decidi em relação a algumas coisas parar e nessa paragem, em relação ao luso, brotam-me estas ideias de comunhão e saber reflectido. Não sei o tempo que estarei ausente, sei que terei saudades vossas, de todos… (sim Vóny, de ti também) a vida é feita de dissabores, de amizades quebradas e vínculos renovados e nesta hora lembro-me de todos sem excepção. De todos os que de uma forma ou outra privaram ou trocaram comentários comigo, umas vezes açucarados, outras nem tanto, mas não importa…O que importa é a comunhão ainda que ás vezes de palavra em riste e afiada. Não quis encetar esta etapa sem vos abraçar a todos e por favor, façam-me o obséquio, não me façam como os miúdos que partilhavam a sala de aulas comigo na altura em que escrevi o tal poema, que me chamaram piegas e lamechas… Eu sou assim…Pronto.



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