SEDIMENTOS

Data 27/07/2009 22:17:05 | Tópico: Sonetos

Quando cessa o intenso movimento
Em que as águas turvas, ondulantes,
Dão adeus aos ventos fustigantes;
Vai ao fundo todo sedimento.
Onde não se via nada antes,
Vê-se agora, às mínimas do vento,
Na serena calma do momento,
Sob águas claras, deslumbrantes,
O que outrora, extremamente vago,
Na tormenta célere do lago,
Parecia mesmo inexistente.
Aquieta-te meu pensamento,
P’ra que eu possa ver sem sofrimento
O que vai em mim profundamente.


Frederico Salvo.



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