Incoerências do Ser

Data 29/07/2009 20:48:07 | Tópico: Sonetos

Incoerências do Ser
by Betha M. Costa

Quando jovem eu tentei ser sensata,
Por muitos anos desviei-me da essência,
Agora me fugiu a compreensão exata,
Daquilo que seja calma e paciência.

A incoerência é minha perfeita casa,
Divirto-me com a luz da demência,
De viver a flutuar no ar sem ter asa,
De rir com o gozo da irreverência...

Gosto de pensar que a rubra cereja,
Descansada bem no fundo da taça,
É a tua boca quando macia me beija.

Ser o teu corpo uma formosa igreja,
Desenhada pela Divina Graça,
Para que essa louca Chama proteja.





Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=92546