Ao heroi da minha infância

Data 29/07/2009 21:17:29 | Tópico: Poemas

Das frias paredes
Que choram seu triste lamento
Surge no silêncio de suas veias
Embotadas de pó e sofrimento
Um fio de prata que da alma toca e apunhala
O coração.

A recordação viva da feriada aberta
Pela lamina fria marca a pele.
A saudade constante de tempos idos
Da infância, da eterna lembrança
Do doce aroma das tardes de sábado
Das histórias de alguém que mesmo ausente
Sempre esteve presente em minha vida
Em cada página do que sou, do que escrevo.

Dos versos que a cada esquina se desperta
Sua voz ressoa em cada átomo do meu ser
Do sorriso sem riso, do choro sem lágrima
Do vazio que em meu peito desaba.

O mundo era gigante e eu pequeno
Foste tu o viajante que encantava minhas estórias
E hoje vagas solitário por entre estrelas desertas.
Pegaste o último trem sem um último adeus.
Fecharam-se as cortinas
Mas o som das palmas não ecoou.
O mundo se calou.





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