Trindade

Data 31/07/2009 18:02:53 | Tópico: Poemas

Da balança da gangorra
Às voltas do carrossel,
Abstraio
Da memória marcada
Pelas rodas de madeira
Ou ferro chispando fogo,
O sabor
Do beijo ensaiado
Na polpa da manga rosa,
A partir da lembrança
Da inocente trindade:
Terra, amor e dois...

E sob os efeitos saudáveis
Da dureza e da ternura,
Além de outras tantas
Zonzeiras das terapias
Da infância,
Amparo-me nos braços
Abertos do tempo,
Que ainda não consegue
Abraçar-me.

Mas, desse tempo e do outro,
Retiro os desejos e as lembranças.
A lua de hoje,
O sol da infância...
De onde emergem as vontades
E todo o significado
De duas vidas
Nas doces tardes,
Por entre terras e árvores!
Circunstâncias...
De outra trindade:
Ontem, amanhã e hoje!




Dueto (Maria verde e Edilson José)
Na voz do poeta e amigo, José Silveira.





Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=92816