
Histórias dos miúdos do meu tempo, neste tempo
Data 01/08/2009 22:27:34 | Tópico: Poemas -> Dedicatória
| Dedicado ao Tonito e ao Zézito, "miúdos" que muito estimo e admiro.
Vou contar-vos uma história Rica em ternura e grandiosa Que vai ficar-vos na memória Por no seu cerne ser majestosa.
Existiam dois lindos meninos De duas dispares regiões… Que apesar de serem traquinos Aglutinavam multidões.
Foi-lhes dado um Magalhães Para eles um sortilégio Com os colegas e as mães Naquele dia no colégio.
Da novidade passaram Para utilização com aprumo Desde logo elaboraram Escritas de um novo rumo.
Num “site” do virtual Publicaram os seus temas Seus textos sem rival Foram lidos no Luso-Poemas.
Suas formas de escrever E o seu simples contar… Faziam-nos envaidecer E a todos emocionar!...
O Zézito lá do Minho Até às pedras deu fala… O Tonito pelo seu caminho Com isso não se rala.
O Tonito longe na ilha Provocou um desacato E a mascar sua pastilha Viu a montanha parir um rato.
Disse o Zézito a preceito Desta forma tu amuas Agora deste meu jeito Toma lá umas capicuas.
No coração um aperto Num abraço ou no olhar Sintoma que aqui desperto Antagonismo a ultrapassar.
Tudo o Zézito superou Mesmo os traumas da mente Quase as palavras decorou E leu-as de trás para a frente.
Nesta rapsódia incontida Alguém num ápice verificou De um a montanha da vida O outro tenaz amaldiçoou.
Esquecendo o seu bercito Nesta amálgama de situações Tanto o Tonito como o Zézito Trocaram múltiplos sermões.
São os tempos da discórdia Que não querem ultrapassar… Por simples misericórdia Vamos lá tudo sanar!...
Gosto muito destes miúdos Pelo carisma que possuem Eles escrevem como graúdos Neles as palavras fluem.
Num o olhar muito diz Noutro admiro a franqueza E ficaria muito feliz Se tudo acabasse em beleza.
Se num passo eu apito E posso ser coerente Só não gosto no Zézito Ele ser do Gil Vicente.
No Tonito eu respeito Toda a aludida raiva Ele tem lá o seu jeito Até sempre amigo Paiva.
Estas fases das vivências Acontecem em qualquer lado Têm as suas deficiências Qualquer que seja o estado.
Porque não reconciliar Dois vultos deste presente Por deles tanto gostar Sou assim impertinente.
Vila Verde felicitará A união restabelecida A Madeira apaziguará Toda a forma já sofrida.
Estes miúdos que adoro Ao lê-los a qualquer hora. Por vezes eu também coro, Noutras urge a demora.
Vamo-nos sentar à mesa Para podermos conversar No final tenho a certeza Todos nos vamos abraçar.
Será uma alegria para todos E motivo para festejar… O reconciliar dos “miúdos” De que aqui estive a falar!...
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