Francisco Matins de Bolhões

Data 13/06/2007 09:58:57 | Tópico: Homenagens

Era uma vez um homem Santo, alguns julgavam-no tolo, percorria as calçadas de Lisboa com um sorriso no rosto para os pobres, com um coração de ouro para oferecer em gestos e em carinho a quem nada tinha, quis o destino que este homem nascesse numa família abastada e nada lhe faltasse, quis o destino que este homem se entregasse ao nada que não tinha.
Santo António de seu verdadeiro nome Fernando Martins de Bulhões, desde cedo educado à luz do bom-costume e da fé, frequentou a velha escola da Sé mas aos seus vinte anos, com o pulso firme decidiu aventurar-se nos caminhos do "Pai" e frequentou a Escola dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, aqui se dedicou ao prazer da leitura, aqui se dedicou ao prazer da dádiva e da entrega e aqui formou em si os pilares bases que lhe vieram dar o trono ou altar que hoje tem.
O tempo passa lentamente e com a ele a vida muda, S.Francisco começa a despertar os povos para essa nova visão, tão própria, do Evangelho. Fernando (S.António) sente-se atraído por essa dedicação que S.Francisco de Assis demonstrava e decide também ele seguir os seus ensinamentos. Vira franciscano, abandona toda a fortuna e bem-estar que tinha no ventre paterno e dedica-se ao mundo dos pobres,foi nesta altura que mudou o seu nome de baptismo e se passaria a chamar António.
Arrastado pela comunidade franciscana, António, homem calado e sensato, remete-se a escutar os restantes companheiros, quis o detino que se afasta-se da pátria, quis o destino que fosse o último a falar para os restantes, quis o destino que fosse o mais ouvido, apartir daí chamado pragador da Palavra de Cristo.
Quando S.Francisco de Assis morre o nosso S.António encontra-se em Pádua, não desiste da sua missão enquanto franciscano e enfrenta multidões que o escutam atentamente.
A seu modo simples de viver, o seu jeito humilde de ser, despertaram toda a atenção do mundo. Um só homem chamava a si a atenção de milhares de pessoas.
Quis o destino que a doença o atingisse, rondava o ano de 1231, com boas lembranças de Pádua pediu aos seus companheiros que o levassem para morrer lá, no entanto morreu antes de ter chegado ao destino, a 13 de Junho desse mesmo ano.
Foi canonizado um ano depois.
Santo dos Pobres, santo casamenteiro, Santo António, sem dúvida um Grande Português.




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