A decisão de decidir

Data 11/08/2009 17:23:41 | Tópico: Crónicas

“Tomar decisões era, para mim, a parte dolorosa, a parte que me afligia, mas, assim que a decisão estava tomada, eu simplesmente a levava até ao fim – normalmente, sentindo alívio pelo facto da escolha ter sido feita”

Estava eu a deliciar-me na leitura do livro “Crepúsculo” da Stephenie Meyer, ali, num jardinzito mesmo ao lado do meu local de trabalho
(que tem destas coisas boas – um jardim ao pé, um café onde me guardam o almoço e uma hora inteira para poder ler por um bocado)
quando me deparei com a frase com que iniciei esta crónica. Se bem que o livro é sobre vampiros, e, ao que parece, o Edmund até lê pensamentos, não me parece que tenham lido o meu. Mas, o que é certo, é que é exactamente assim que eu penso (e, já agora, ajo).
Quando decido alguma coisa, seja lá sobre o que for, vou até ao fim. Antes, peso os prós e os contras, e não dou nenhum passo em qualquer sentido sem que a decisão esteja tomada.
Assim que decido e que assumo o que decidi para comigo, sinto-me, de facto, aliviada. E tento, na medida do possível, levá-la até ao fim. Claro que não estou a falar de coisas corriqueiras, como “que fazer para o jantar” ou “que livro vou ler a seguir”
(se bem que já sei que o livro que vou ler a seguir irá ser a continuação deste. Já do jantar logo vejo o que me apetece… ou até pode ser que esteja feito quando chegar a casa)
estou sim a falar de decisões importantes, que me possam afectar, positiva ou negativamente, e cujas consequências possam perdurar no espaço e no tempo. São essas que me levam a passar por um período doloroso, seguido do alívio pela escolha feita. Mesmo que essa escolha, por qualquer razão, seja contrária ao que eu pensava que seria a melhor escolha noutra altura qualquer. Até porque crescer e evoluir é também mudar de opinião e assumir essa mudança.
Duma forma franca e honesta, prefiro uma má escolha a uma indecisão. Parece que a Isabella também.
Nota – Isabella e Edmund são as personagens principais da saga “Luz & Escuridão” escrita por Stephenie Meyer. A história é contada na primeira pessoa, Isabella, a quem “pertence” a reflexão inicial.




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