Nada tem razão de ser

Data 18/08/2009 22:00:48 | Tópico: Poemas -> Amizade

Dissecaram-se os vocábulos
dos versos versejados
em poemas estilhaçados
nos horizontes adulterados

Segmentado divaga
na alameda das linhas
da mudez das vogais
á fadiga das consoante

Perdem-se os sabores reais
no papel desalinhado
pelas mãos escarnecidas
na brisa do tempo temporal

Nada tem razão de ser
se a poesia não renascer
se as vogais e as consoantes
não partilharem ditongos
em vocábulos revividas
em versos libertos
na liberdade de modelar
as palavras universais

Escrito a 4/08/09



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=95235