Em noite amachucada de branco Onde a poesia desmaiava No deserto do meu corpo, Nasceu um rio de silêncio Que venero até hoje
O caminho do tempo Está coberto de rosas brancas Que soltam aromas avermelhados Quando o desejo chama E se cobre Com o sabor da tua voz
Refresco o meu instinto Com a amizade Que entregas em ondas suaves Que rebentam No meu abraço
Sinto o rodopiar das nossas almas Que dançam algures Entre a brisa do mar e o luar Entre emoções tão breves Como o tocar dos teus lábios nos meus, O fechar dos teus olhos…
Guardo sempre a tua seiva Que me alimenta Até ao próximo concerto Onde nasce a melodia do prazer Quando tocas o meu corpo Feito harpa de murmúrios, Húmidos
Hoje, Sou poema, Porque sou sangue Terra Mar Sol Noite Luar Sou solidão eterna No sorriso do teu olhar
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